O uso da Internet, computadores, smartphones e outros dispositivos eletrônicos aumentou dramaticamente nas últimas décadas.
Esse aumento está associado não apenas a benefícios claros e tremendos para os usuários, mas também a casos documentados de uso excessivo que muitas vezes têm consequências negativas para a saúde. No Brasil, a média de uso abusivo de videogames é 28% maior do que no restante do mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso excessivo de tecnologia pode levar a uma série de problemas de saúde mental e física, incluindo depressão, ansiedade, obesidade e distúrbios do sono. Além disso, a dependência tecnológica pode afetar negativamente o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos jovens.
A saúde emocional dos jovens é tema importante aqui no Espaço Ybá e, por isso, hoje compartilhamos com vocês alguns dados relevantes sobre esse transtorno preocupante.
Gaming Disorder - OMS
Desde 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece oficialmente o transtorno por jogos eletrônicos (Gaming disorder).
Esse transtorno é difícil de diagnosticar e quantificar, porque os jogos geralmente se sobrepõem a outras atividades online (como streaming e redes sociais).
Trata-se de um padrão de comportamento que prejudica a capacidade de controlar a prática dos games, de modo a priorizá-los em detrimento de outras atividades e interesses.

O impacto da dependência tecnológica nos jovens
O uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode afetar negativamente a capacidade de atenção, memória e aprendizado das crianças, além de reduzir a qualidade do sono.
Pode levar a problemas emocionais, como irritabilidade, ansiedade e depressão, limitar a interação com familiares e amigos, prejudicando o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais importantes, como empatia e comunicação interpessoal.
Recomendações aos responsáveis
É fundamental que os pais conversem abertamente com seus filhos sobre o uso da tecnologia e seus impactos na saúde e bem-estar, estabelecendo regras claras sobre o uso da tecnologia em casa e incentivar outras atividades offline, como esportes, leitura e interações sociais.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) tem suas recomendações sobre o tempo e a idade que as crianças devem ser expostas a telas:
- até uma hora por dia para crianças com idade entre 2 e 5 anos,
- duas horas, como o limite máximo, para crianças com idade entre 6 e 10 anos;
- Já para os adolescentes, com idades entre 11 e 18 anos, a indicação é de, no máximo, 3 horas por dia, incluindo o uso de videogames.
