Passei a viver os desafios do início da minha carreira na clínica em um contexto de incerteza, isolamento e desamparo. Isto junto de uma série de rompimentos drásticos: mudei de cidade (mais de uma vez), meu jeito de viver, meus contatos e por aí vai. Fui lançada à minha própria fragilidade, e precisei partir daí.

Que difícil é o ato de sustentar um caminho quando o chão balança. Sei que o meu e o de muita gente balançou, e os efeitos disto aparecem nítidos no consultório diariamente.

O Ybá chegou pra mim como um chão. Como colo. Como o amparo que me ajudou a costurar meus pedaços quebrados, e, com eles, seguir.

Através do espaço pude iniciar o movimento da minha clínica, retomar os meus estudos, supervisão e trocas com colegas da área. Também pude contribuir com a construção do próprio Ybá, que foi idealizado e inaugurado de modo remoto na mesma época caótica.

Ybá, em Tupi Guarani significa fruto/fruta ou árvore frutífera. Que lindo poder assistir e facilitar o crescimento de uma semente. Hoje o Ybá é árvore, e segue amadurecendo. Seus ramos continuam abrigando aqueles que buscam por atendimento clínico e aqueles que buscam por conhecimento e cursos no campo da psicanálise.

Para todos os amigos psis que me seguem – e os interessados pela área – recomendo fortemente que visitem a página para dar uma olhada nos cursos online que irão começar no segundo semestre. Talvez a gente se encontre em algum deles.

Neste tempo que passou floresci meu amadurecimento profissional, minha atitude técnica e sensível na clínica, e, principalmente, minha esperança e aposta neste caminho. Sei que este encontro que a vida me deu de presente foi fundamental para que pudesse dar meus primeiros passos, para que eu pudesse me sustentar próxima e habitante do meu desejo.

Serei sempre grata a Claudia Vannozzi Brito (idealizadora do Ybá) por me acolher e ver potencial no meu trabalho. Ninguém caminha sozinho, e que bom estar com vocês.”